Depois do sucesso do Viagra, o mercado brasileiro recebe mais dois remédios contra a impotência. Já estão sendo vendidos nas farmácias o Cialis (tadalafil), do laboratório Eli Lilly, e o Levitra (vardenafil), da Bayer-GlaxoSmithKline.
Esse grande mercado, estimulado por 12 milhões de brasileiros que sofrem de disfunção erétil, tinha o Viagra, da Pfizer, como líder absoluto.
Como o Viagra, os dois novos comprimidos prometem afastar o fantasma da impotência e, as três drogas agem da mesma forma. Elas inibem a enzima fosforodiesterase-5, prologando o efeito do GMP cíclico, substância que facilita a dilatação das artérias do pênis. Isso permite a entrada de mais sangue, fazendo com que se tenha uma ereção mais rígida e por mais tempo. Os três também só agem quando há estímulo sexual.
Mas, há diferenças. O Cialis, de cor bege, tem como principal diferença o tempo de duração, de 24 a 36 horas, contra cerca de 8 horas de seus concorrentes. O fabricante do alaranjado Levitra alega que o remédio tem baixa incidência de efeitos colaterais e começa a agir em pouco tempo, de 15 a 25 minutos após ser ingerido. Além disso, não sofre alterações se for consumido junto com comida ou álcool. Já o Viagra, que reinou absoluto nesse mercado estimado este ano em 245 milhões de reais, tem a seu favor o fato de já ter sido usado por 22 milhões de pessoas desde que foi lançado como a primeira droga oral, em 1998.
O chamado "uso recreativo" por homens que nunca procuraram um médico para tratar da disfunção erétil e que usam os remédios por "diversão", para prolongar o prazer, é o que garante o sucesso de vendas desses remédios.
No Brasil, o sexo é bastante valorizado segundo pesquisa realizada com mais de três mil brasileiros. Os resultados foram superiores às médias mundiais, quando 50% dos entrevistados afirmaram que o sexo é importante, e 40% o classificaram como prioridade.
Para os especialistas, a disfunção erétil é um evento repetitivo. Ou seja, quem falha uma vez não necessariamente sofre de impotência. Na maioria das vezes, a disfunção erétil está relacionada a outras doenças como, hipertensão, colesterol alto, doenças cardíacas, diabetes ou depressão.